Réfuigo aleatório de John

A noite se vai, as pessoas caminham para o trabalho enquanto outras estão retornando. As rotinas do mundo dos mortais agora é um passado distante, lembranças distorcidas de uma antiga vida que não retorna jamais.

Uma inspeção minuciosa mostra um furo na roupa, um tiro de raspão que nem foi percebido. Já há algum tempo que John vem escorregando no limite da destruição. Tiros, facas, garras, às vezes só batom; os perigos são diversos e nem chegamos perto de uma pista.

Está tudo com esse alvo, Daniel Lee, a boate é o local. Tratado assim parece fácil. E é melhor que seja, a jornada é longa, e quanto mais surgem questões pior fica, então focar no plano.

Essa noite provou uma coisa, a inquisição ganha terreno onde vampiros cedem. Os artefatos com Miguel guardados ao relento, se isso cai na mão da Inquisição, é sal para uma galera. Se tem poder, então não pode cair nas mãos erradas.

O grupo de Billy Kane sabe mais sobre os itens, esse tal de Cubo Cintilante, bem fresco isso, mas é um ponto de partida. O outro lado da moeda, correndo por aí com sangues fracos. Cautela nesse ponto, eles tem uns brinquedos legais, aquela arma foi bem planejada.

O dia vem, o sol bane as criaturas da noite para seu covil soturno e silencioso, enquanto a cidade trabalha, a mente de John adormece, atribulada por tantos planos.

Fim do episódio dois; O outro lado da moeda.

O episódio três vem com uma nova noite, Noites Insanas. Sim, serão sim e não há dúvida disso para John. Chegando o momento de se pôr em risco e sobreviver, como sempre foi.

Uma mensagem no Blackberry… Hypnos!

Sou o que a C! Chama de Sombra, se algo dá errado ou alguém trapaceia a ponto de fuder com as tradições, eu tenho que agir. Um encontro sem a presença da “Rosa” seria bem mais produtivo.
Resposta Sim, te digo onde; resposta não, vejamos qual seu nível de discrição sobre essa conversa.
Está com você agora!

Bob está com uma caneta na orelha e um óculos de cientista maluco na cara, ele se encontra sentado em frente a tela do computador, gira ao ouvir a voz de John.

Bob e John se uniram há algum tempo, existe confiança entre as partes, ele é um mortal com habilidades excepcionais e sempre se predispõe a ajudar, essa capacidade de se entregar ao objetivo é realmente fascinante.

Há um acesso continuo do teto ao subsolo, um “shaft” onde as tubulações de esgoto e água passam pela estrutura de concreto da laje, essa informação vem altamente detalhada pela pesquisa de Bob.

— Vou conseguir um motor elétrico que vai te puxar do subsolo por este duto e te levar ao teto em 12 segundos, são 26 metros mais ou menos de subida. Poderia ser mais rápido, mas o efeito chicote pode te fazer bater nas paredes laterais ou quem sabe tua cabeça em uma laje.

O tom começou seriar e foi mudando para uma brincadeira no final, mas a explicação e os detalhes são suficientes para se fazer entender.

Bob observa o semblante de John ficar sério ao pegar o Blackberry do bolso.

— Noticias ruins?

Na tela do aparelho uma mensagem devolvida, quase que instantaneamente com um link.

O vampiro se deteve em seu insight intuitivo, se põe em movimento, pelo menos em seus pensamentos, ele desenha os próximos passos e vislumbra o futuro, focado em minimizar seus problemas e maximizar sua margem de sucesso.

Bob ouvi com atenção enquanto parece estar totalmente envolvido com sua tela no computador, as várias telas têm informações e mais informações que sua mente visa sintetizar, o objetivo claro de fazer as coisas darem certo. Em um pequeno intervalo, ele usa para responder à demanda de John.

— Rastreadores? Sim, claro! Claro!

O carniçal continua a detalhar o plano.

— Vou usar um cabo de aço trançado de cinco oitavos de polegada para fixar a segunda parte da saída para a construção ao lado, o Blue Pearl, o qual é um restaurante de frutos marinhos. Serão 14 metros e meio de uma tirolesa rápida e silenciosa. O motor entrará lá pela porta da frente, por suborno, daí em diante é com você lá dentro.

Na tela do Blackberry.

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