Sharklee & Oliver Law Firm, 3rd. Ave, 543.

*OFF-GAME* Este é o resumo do game presencial.

Claramente Bob foi tapeado por alguém, essa suspeita se confirma quando, dentro de sua mochila, encontra um Blackberry.

John conhece bem a história da companhia que é considerada a avó dos smartfones. Ao ligar o aparelho uma mensagem chega de imediato.

"Toc-toc, você está aí? Museu de Artes marciais, Mustang preto."


Neste momento John sentiu que não havia mais nada a fazer, eles estavam lhe observando de algum lugar, Chinatown e o endereço do cartão são relativamente próximos. Ele controla seu ímpeto agressivo e só despensa Bob, em seu rosto a mensagem clara "obrigado por ferrar com meus planos!"

Ele se põe a andar até o local e encontra o carro parado lá, com uma linda latina com todas aquelas curvas peculiares. John se certifica que não há mais ninguém no carro, a latina ao ver sua aproximação entra na máquina e faz o motor roncar.


Alguns minutos e estamos em uma torre em Belltown subindo o elevador até uma área duplex com uma vista fudendo de Seattle, acho que deste ponto da para ver Bob caminhando na rua se tivesse um binóculo.

Um esquisito sentado num sofá maior que muita sala por aí e uma linda mulher a frente, que dá boas-vindas e manda na lata um papo complexo e intrigante.


Como estava começando a suspeitar, Daniel Lee é marionete de uma vampira, está tal de Lara Mendes, gente da CAM.

John ouvi os papos, elabora um pano e corrigi os detalhes. Saí com a certeza que está fazendo a coisa errada do jeito certo, ou talvez, a coisa errada no memento certo.

Saber que Drake está exilado foi dureza, mas pelo menos ele está vivo e se tudo der certo e nenhuma merda fora do imprevisto aconteça, a Cotorie vai se reagrupar mais uma vez.

John vai até o elevador e reencontra a latina, Rachel Green, a mulher que vai colocá-lo dentro da Boate Nocturne, ela desce até o estacionamento cuja iluminação reage à presença.

*OFF-GAME* Assim se encerra o primeiro episódio "Sombras em Nocturne", e entramos agora no segundo episódio "O outro lado da moeda".

Rachel caminha apressada até o Mustang, é difícil ficar indiferente ao carro e a mulher, ela inicia uma conversa do nada.

- Ouvi falar que você é casca-grossa, que sabe como fazer as coisas, sabe pilotar também?
Ela fala isso no exato momento que os faróis se acendem quando ela aciona um botão na chave do carro.

O olhar de John percorre o estacionamento enquanto ouve a latina dando mole.

*Teste AUTOCONTROLE+PERCEPÇÃO, dificuldade 3*

John observa as curvas arrojadas do Mustang e da latina, a conversa la no escritório foi bem direta, mas John sabe haver algo mais nas entrelinhas.

A porta aberta do carro é um convite claro, o Brujah anda lentamente alguns passos até que as luzes se apagam por um instante.

Três segundos suficientes para ativar todos os sentidos de alerta do vampiro, rapidamente o estado de espírito relaxado e descontraído se torna áspero e voraz.

3

2

1

A luz retorna, Rachel continua olhando para você enquanto espera que entre no carro, ela observa seu semblante fechado.

— São detectores de presença, eles geralmente apagam e depois voltam se você demorar a se mexer demais. E estou definhando aqui esperando você sentar no banco do carona para eu te deixar em Chinatown.

Rachel fala isso ajeitando o cabelo atrás da orelha, e inclinando a cabeça para o lado enquanto arqueia uma das sobrancelhas e sorri levemente.

*OFF-GAME* teste falha. Segue o baile.

A noite de Seattle é imprevisível e John agora está envolvido numa disputa entre Toreador e Ventrue, a sagacidade aqui é fundamental para não virar um joguete dessas duas forças que, procuram pelo embate.

John então reformula seus próximos passos nesse delicado caminho, uma explanação mais minuciosa o levará a desvendar o caminho mais reto para alcançar seu objetivo sem se perder no jogo de poder de Adrastea e Lara.

*Off game* Uma rolagem de Raciocínio+Percepção, dificuldade 4. Um sucesso aqui irá clarificar o entendimento de John para seus próximos passos.

Enquanto pensa, o Mustang obedece a pilotagem de Rachel como um cavalo selvagem correndo nos campos livres de Venganza a Santa'anna. A noite profunda traz o silêncio noturno que provoca a falsa sensação de paz. O carro para no subúrbio de Seattle, longe dos pontos turísticos.

Atrás de uma cerca de metal, um cachorro de tamanho e beleza descansa até ouvir os primeiros ruídos dos passos sobre a brita espalhada no chão. O material posto ai mostra que estamos em algum deposito de equipamentos, a câmera de segurança e a cerca elétrica são a primeira linha de segurança vista.

O animal não demonstra estranheza, apenas levanta a cabeça e observa Rachel ir até um interfone ao lado da entrada. Sua voz macia despeja uma frase suja...
- Abram a porta seus filhos da puta sujos, estou em casa!
Ele finaliza com um sorriso enquanto se vira para olhar você.
- Vamos combinar que este é um território neutro.
Enquanto espera a porta abrir, John observa ao redor, se assegura de que tem na mente cada detalhe do lugar e que saberá usar as informações do que viu a depender da situação.

O portão abre.

A conversa é carregada de informações, coisas que parecem impossíveis de serem verdades, mas diante de tanta dúvida surgem os objetos e parecem tão autênticos, tão reais que mesmo na imaginação não seria possível descrever desta forma.

Miguel fala sobre um inimigo maior, alguém que sobreviveu ao chamado, até essa parte é incrível demais para se acreditar, mas faz sentido, tudo faz muito sentido. Ele observa o objeto com uma devoção de alguém que sabe o quão caro isto custou para eles, o quão importante é o que tem guardado nesse galpão no subúrbio de Seattle.

O velho de cabelos brancos e bigode grosso que estava despojado na cadeira se endireita num passo só, diante dele uma tela que emite um alerta, ele se aproxima da tela enquanto digita freneticamente códigos e linhas de comando.


Miguel arregala os olhos, o clima de tensão se espalha e vai tomando conta de cada membro dentro daquela sala, milhões de possibilidades de alguma coisa ter dado errado.

— Tadric? Informe! Miguel fala alto e firme.


— Calma que só tenho dez dedos, porra! Tadric responde rispidamente, mas é o que o momento precisa, ser rude, ser forte, ser bruto.

Miguel faz um gesto só e Rachel parece entender que precisa guardar os objetos, afinal eles são o bem mais valioso neste galpão velho no subúrbio de Seattle.

Tadric move os dedos e puxa relatórios, analisando rapidamente a situação ele chega a um diagnóstico.

— O portão da seção 7, na ala norte, foi violado.

Miguel demora um tempo até identificar o que tem na ala norte, portão 7. Ele leva a mão ao queixo pensando por um segundo.

— Duas câmeras danificadas, estamos as cegas, caralho!

Tadric completa a informação que vai surgindo a cada momento no visor, ele tenta pegar a garrafa que está um pouco afastada da mesa, mas não chega antes que Miguel. O anarch faz um gesto negativo com a cabeça quando é interrompido por Rachel.

— Os carros!

Rachel grita assim que lembra o que está sendo ameaçado.
Ela corre para saída e enquanto passa pela cadeira pega o casaco e faz um gesto para você acompanhar.

— Puxe as imagens da Brown Street com a 8ª, quero ver a cara desse cadáver antes de enfiar uma bala na testa dele por ousar roubar os carros!

Miguel se aproxima da mesa de Tadric esperando ver as imagens que solicitou, ele vira o rosto para falar a Rachel que está se encaminhando para saída.

— Quero esse filha da puta vivo!

O local não é uma fortaleza, isso John já sabia de ante-mão, e pelo que viu na tela de Tadric, o ataque não é nesse galpão em específico, talvez uma localização há algumas quadras daqui ou no final da quadra.

As janelas podem oferecer uma fuga rápida se for preciso, mas a questão é que o local não está ameaçado como se pensou de início. Alguém atrás dos carros eles disseram, carros como o de Rachel podem ter um valor bem expansivo.

Tadric puxa um zoom numa imagem em específico, algo que ele recuperou de uma câmera da rua, os píxeis vão se desfocando até o limite, mas ainda é o suficiente para Miguel identificar o invasor.

— Biiiilli Kaaaaane! Filha da puta, desgraçado!

O grito preenche o local, Miguel fala o nome de alguém conhecido por eles.

Rachel complementa…

— É um bastardo que fez, … fazia parte do nosso grupo.

Miguel dá um soco na mesa, enquanto se ouve o cachorro lá fora começando a latir.

Está na expressão facial de Miguel que a resposta para todas as perguntas é sim.
Sim, os problemas são dessa natureza!
Certo novamente, são ladrões de carro!
Terrivelmente, sim, esse ex-membro sabe sobre os objetos dentro desse galpão!

— Pega essa arma aqui, John. Billy Kane e seu bando são crepusculares, já ouviu falar deles?

Miguel fala claro enquanto abre um armário de metal na parede e tira de lá uma Springfield carabina que dá para ver claramente que é algo antigo e conservado. Talvez usado entre os federados na guerra de Secessão em 1865, movimento que dividiu o país em norte e sul.


John sente o peso da arma, a madeira, os entalhes, os detalhes minuciosos gravados no metal da coronha, o cheiro de pólvora que tem ainda na arma. Ao segurar a carabina parece ouvir os gritos nos campos de Venganza, os confrontos, os trilhos da infinita malha ferroviária que cortavam o deserto levando, às vezes esperança, às vezes morte.

Parece que tudo nesse galpão inseguro é valioso e histórico, um acervo gigantesco ameaçado por malditos sangue-ralos. John ouve agora a confirmação que são ex-integrantes que conhecem o valor e a importância do que tem aqui, certamente tiveram a mesma apresentação que John nessa noite, ouviram a mesma história.

A dimensão do problema toma outra proporção para John, não são mortais, não da para considerar os sangue-ralos como mortais, talvez híbridos, mas isso é bobagem agora.
Esse tal de Billy Kane conhece o Bando Oz, sabe que Miguel tem que proteger os objetos, sendo insubstituíveis.

*Off-game* Teste de Raciocínio + Manha, dif. 3. O contexto aqui é a análise das ações de Billy Kane. John tem algum “pressentimento” sobre o que está acontecendo ou está apenas reagindo automaticamente às ações do Sangue-ralo? O resultado da rolagem deve ser postado antes e a descrição será feita por mensagem no whats.

John faz uma expressão negativa quanto a negligencia de Miguel para a segurança de objetos valiosos para eles.
O que o faz pensar, se realmente Miguel é digno de estar em posse desses objetos ou se foi apenas um acaso do destino John tomar conhecimento de tudo isso.
John para por um instante, num pensamento rápido olhando no fundo dos olhos de Rachel... "e essa criança, sem o direcionamento correto vai acabar se matando por alguém que não promove uma adequada segurança a ela, ou pelo menos tenha um proposito aceitável para ser seguido..."

Os pensamentos se interrompem quando Miguel lhe entrega aquela arma. Ele olha pra ele com um certo olhar de desdém, já que esta acostumado a itens mais modernos. Mas ao tocar aquele rifle, uma sensação estranha, um vislumbre... John a analisa por um instante.

-Isso deveria estar em um museu Miguel, caralho!!! Exclama, municiando arma! " isso vai ter que dar conta, só preciso de um tiro bem dado, e tudo vai ser resolvido rápido"


*OFF GAME* TESTE DE RACIOCINIO + MANHA

John M. Bryan efetuou 3 lançamento(s) de dados Dados normais :

, ,

John M. Bryan efetuou 1 lançamento(s) de dados Dados de fome :

O vislumbre passageiro leva John há um tempo de guerras, batalhas, mas o momento urgente o traz de volta. O pesado armamento tem um cheiro de pólvora e outros químicos que fica difícil definir, é certamente projetada para causar danos em vampiros.
Um detalhe em metal grava um nome com uma patente de capitão, “Capt. Krugman”.

Na fábula “O mágico de Oz”, a personagem principal Dorothy é tem sua casa levada por um furacão que a leva a terra de Oz, após encontrar as duas bruxas ela segue a estrada de tijolos amarelos. Nessa jornada, o primeiro coadjuvante que ela encontra é a figura do Espantalho, que está seguindo até o Mágico, em busca de um cérebro.

Talvez seja isso que falta a Miguel, essa conclusão é tão óbvia ao perceber o grau de importância dos itens que estão no galpão.

Mas… sempre tem um porém.
*Off-game* Resultado de 1 sucesso no teste anterior.
Dentro de John cresce uma ideia primitiva, que, na verdade, o alvo de Billy Kane não é o galpão com carros, isso é uma nuvem de fumaça, o foco é aqui. Aqui está o verdadeiro tesouro!

Rachel coloca as mãos para trás e saca uma pistola nove milímetros do nada, ela sempre lança um olhar penetrante e um sorriso que faz qualquer um pensar que rolará alguma coisa, tipo um tiro perfeito seguido de um beijo de cinema.
Antes de seguir, ela para por um instante e fala com os presentes na sala.

- Porra! Eles estão vindo para cá! Tadric abra a passagem leste!

O clima de tensão começa a aumentar.

Billy Kane foi pego de surpresa e isso virou o jogo, embora estivesse em grande número, o pessoal dele meteu o pé quando o foguete disparado por John derrubou o invasor.

John fica analisando os detalhes das fraquezas apresentadas pela estrutura de defesa de Miguel, muito amador diante de tanta informação valiosa e inestimável.

Billy fala sobre uma figura, Cubo Cintilante. Aparentemente foi quem modificou a arma.50 mm que ele portava, que agora está na posse de John.

Tadric abusa do maçarico de mão, tanto que Billy entrega todo o papo, ele foi em busca da lâmina. Uma Kukri com adornos altamente sofisticados e detalhados com figuras e letras como aparecem nos filmes sobre múmias.

Miguel ouve a explicação de Billy, o maldito tenta mostrar que se ele morrer, o Cubo Cintilante virá atrás de quem o impediu. Miguel apenas coça a cabeça pensando.


Rachel observa o frasco sobre a mesa, o líquido vermelho ali próximo. Seus olhos fixos para o objeto inerte ali, isso chama a atenção de todos os presentes.

— Novato? Caiu aqui de paraquedas foi? Por que me acertou daquela forma? Tá se metendo em coisa que nem entende, e comprando briga com quem não precisa, por quê? Tá apaixonado pela Rachel?

Billy Kane projeta o corpo para frente e fala olhando para John.

— O coração dela já tem dono, ela não te contou, novato?

O tom é bem debochado, e ninguém no recinto emite nenhum som, nem mesmo Rachel.

O semblante de Billy Kane vai mudando gradativamente o tom debochado para um mais sério.
Se ajeita na cadeira para falar olhando para o objeto ali no galpão de Miguel Rodrigues.

— Novato, eu sei mais do que imagina! Gostaria de saber mais? Saber o que eu sei? Deixe-os para trás, eles não representam nada do que você busca, eles são o passado. Eu e você seremos o futuro, um futuro ativo e não passivo.

Billy mexe a cabeça para trás, jogando o cabelo que caia em seu rosto. Tenta usar as palavras para mudar o seu panorama atual para um diálogo mais igual, uma negociação.

— O que mais um vampiro pode querer senão sangue? É tudo pelo sangue, novato! Estamos em guerra e não adianta negar, fazer isso é se condenar então.

Os demais presentes na sala não interrompem o discurso de Kane, eles se entre-olham diante de um discurso eloquente e contagiante. Até que Rachel revira os olhos em um sinal de que não aguenta mais essa ladainha.

— Não vai haver futuro para você, seu “Crepuscular de merda”!

Rachel se cansa da conversa fiada de Kane, saca a arma e prepara para atirar, ela parece estar falando sério, vai saber.

Destrava a arma.

Sua retina cintila de ódio.